Well, quem disser que não passou boa parte da infância-adolescência assistindo "Sessão da Tarde" é um liar de marca maior.
Claro, tenho que dar o braço a torcer e admitir que a quantidade de filmes bizzaros e fracos que passavam superava em muito a de filmes que se aproveitassem, mas não dá pra negar que vez ou outra passava alguma pérola, e pelo menos pra minzinha isso queria dizer aqueles filmes adolescentes anos 80. Dentre eles posso citar desde "Namorada de Aluguel" até "Garotos Perdidos" (vampiros trashs e ótimos!).
Mas, sem dúvida ALGUMA, "Ferris Bueller's Day Off" não tem comparação. É aquele filme que tu simplismente #nãocansaderever.
O filme conquistou tanta gente porque a história é simples, mas ao mesmo tempo era (e porque não dizer que ainda é!) o sonho de consumo de tantos adolescentes, afinal, it's a big crap, alguém dizer que não gostaria de passar um dia "off" com os melhores amigos circulando por aí numa linda Ferrari!
Boa parte do sucesso que o filme alcançou, e do lugar que ocupa até hoje, como um dos principais retratadores da juventude americana dos anos 80, se deve, (pelo menos pra moá!), à interpretação GE-NI-AL do ator Matthew Broderick, que mesmo sendo um iniciante na época, mostrou um talento absurdo.
E sim, não dá pra deixar de lembrar de um dos grandes méritos do diretor John Hughes, fazer Ferris Bueller falar com a câmera durante todo o filme. A sacada de a personagem explicar passo a passo o que irá e como vai fazer faz TUDO ficar muito mais engraçado (a explicação de como enganar os pais pra que eles pensem que você está doente é #coisadedeus de tão genial).
É praticamente impossível pra mim escolher uma cena preferida, porque eu amo o filme todo, desde toda a encenção da doença na cama até o próprio Ferris tentando chegar em casa em tempo de não ser descoberto (cria perna o guri! hehe), so, escolhi a + clássica e que até quem não assistiu o filme reconhece. Sim, tô falando da cantoria de "Twist and Shout" em plena parada alemã no coração de Chicago:
Obs: a cena foi totalmente ensaiada, com direito até a coreografia do diretor Kenny Ortega ("This Is It" - pouca porcaria sabe?), mas o Matthew estava com o pé machucado e não conseguiu fazê-la na hora, assim, ficou total improvisada e porque não dizer, possivelmente + genial do que a original.
Como poderia se esperar - se bem que nesse caso foi o caminho inverso - o filme virou livro, em 1987, pelas mãos do escritor Todd Strasser, "Ferris Bueller's Day Off" tinha como como chamariz essa sinopse irresistível:"Todo mundo precisa de um dia de folga – Tenha 5 ou 55 anos.
Ferris Bueller é um exemplo para todos aqueles que se levam muito a sério. Ferris sabe o valor de um dia de folga, e como extrair o máximo de qualquer situação.
Seu plano é à prova de patetas. Ele fingirá estar doente (enquanto toda a cidade pensará que está às portas da morte). Ele irá resgatar sua namorada para fora da escola (usando a famosa desculpa do "parente morto"). E juntos irão guiar com estilo por cada atrativo de Chicago (na Ferrari do pai de seu melhor amigo, é claro).
Não será mais um dia de folga em sua vida, será... CURTINDO A VIDA ADOIDADO"
Só pra quem viu: "Bueller... Bueller... Bueller..."
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